sábado, 27 de outubro de 2012

Tocata e Fuga

Johann Sebastian Bach, compositor de Toccata e Fuga

    Tocata e Fuga não foi somente uma peça, mas várias, todas elas compostas por Johann Sebastian Bach, famoso compositor barroco, muito prestigiado em sua época. A mais famosa, no entanto, é Tocata e Fuga em D maior, BWV 565. No entanto, existe a BWV 538 e a em F maior. Irei explicar um pouco sobre ela:
     O nome Tocata vem do movimento rápido e dinâmico que peças desse tipo possuem. Essa parte é a melodia da música, que inicia aguda mais depois abaixa para algumas oitavas abaixo. A Fuga são quatro vozes na partitura que acompanham a Tocata. Ela é composta de muitos arpeggios e quedas bruscas com o uso dos pedais inteiramente. É claro que não foi o próprio Bach que deu esse nome à obra, mas sim um compositor e organista Johannes Ringk. Dizem que o manuscrito original pertencia a ele, mas que este possivelmente poderia ter feito algumas alterações no original, acrescentando algumas fermatas e staccatos. Outra famosa obra de Bach, Prelúdio e Fuga, parece-se muito com este, mas dessa vez são usados o cravo e as cordas. Agora vamos à minha interpretação:
    O começo sugere uma intempérie de susto, suspense, como o mar batendo em rochas. Talvez o compositor tenha feito isso para prender a atenção da plateia ou de quem quer que o ouvisse, como se ele estivesse chamando ou algo similar. Acho bonita outra parte no começo em que o compositor dá ênfase a cinco vozes vitoriosas que disputam a liderança da meodia. Em toda a música, existe um ar de luta e passar dos anos. É como se, por exemplo, alguém estivesse fugindo ou sendo torturado (talvez por isso essa música seja tão utilizada em filmes de terror). Repentinamente, uma parte da música para e, em um milésimo de segundos, algumas vozes baixas vão sussurrando a trama e o propósito da composição, como jurados discutindo o veredito de um réu quase que em silêncio. Alguns se destacam, por serem mais agudos e exaltados, outros são mais passivos. Então, uma voz berra e surge uma discussão em contraponto, exaltada e frenética, mas melodiosa e harmoniosa, pois Bach jamais foi atonal como Bartok e Schönberg, até porque, se fosse, seria condenado e excomungado. Relembrando que quase todas as obras de Bach são dedicadas à Igreja. Sim, retornando, A músiac decorre em discussão, até que todas as vozes chegam em acordo e soa um acorde, algumas mais graves, outras mirradas. Então, no meio desse acorde, surge uma cadência que, depois é alternada por dinâmica-acorde-dinâmica-acorde. Outra cadência sugerindo desacordo e vitória sobre os outros, ou um protesto defasado. Então, todas as vozes soam juntas, finalizando num final coondenável e malicioso, o triunfo dos juízes sobre o réu condenado injustamente. Mas não pense que órgão sempre será como um instrumento de tortura! Há músicas e concertos muito bons com órgão, exemplo Messias de Händel, que exalta a vida breve e o nascimento inocente e, como a marca registrada de Händel, triunfal e solene. Recomendo Händel, se quiser saber sobre músicas reais e marchas altivas.
       Então, é isso! Sei que eu posso ter viajado um pouco na maionese, mas, o que posso dizer? Jovens possuem a imaginação fértil, então preciso extravasar um pouco em interpretações das melhores músicas que já ouvi na minha vida. Como sou uma viciada em música clássica, não é problema para mim.
Primeira página da complicada (e maravilhosa) música de Bach


Por Nathalia



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Bibliografia