sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Dadaísmo

Um movimento artístico que realmente me fascina é o Dadaísmo, com seu lema anti-arte e suas raízes anarquistas. Nasceu em plena Primeira Guerra, de duas vertentes contemporâneas que tinham basicamente o mesmo ideal, rejeitar o valor artístico expressivo de uma obra de arte, tornando-a vazia de conteúdo, sem técnica específica alguma, em outras palavras, arte com sentido era passado. Era um movimento um tanto infantil, por isso o dada, que é cavalinho-de-pau em francês. "Os dadaístas achavam que a arte havia traído a humanidade e era essa postura essencialmente artística que tornava o Dadaísmo tão dinâmico."-Larry McGinity para o livro Tudo Sobre Arte, Sextante, Rio de Janeiro. Floresceu na imigração de Hugo Ball (nascido na Alemanha) para Zurique, Suíça, onde fundou o Cabaré Voltaire, uma casa para shows, e juntamente com Richard Huelsenbeck faziam performances barulhetas e ilógicas, uma sutil crítica à velha sociedade racional e foi na procura por um título coerente a uma delas que surgiu o termo dada, qual mito sugere que sua escolha dá-se pela inserção de um estilete em uma página do dicionário aleatoriamente aberta.
O movimento espalhou-se pela Europa de forma mais rude na mudança de Huelsenbeck a Berlim, onde novas maneiras representativas foram experimentadas como colagens oriundas do Cubismo e as "Merz" de Kurt Schwitters, feitas com objetos encontrados a esmo.
De Berlim foi para New York através dos franceses Marchel Duchamp (um artista importante para a arte vanguardista) e Francis Picabia, aquele famoso por seus ready-mades, inclusive Fonte, um urinol invertido com sua assinatura acentuado o valor da inovação artística em detrimento da pré-estabelecida. E durante um bom tempo a anti-arte foi uma sensação artística até se tornar excessivamente comum e perder sua verdadeira indentidade para os meios publicitários em voga.
Mas é bom relembrar os velhos tempos do seu apogeu, quando arte era levada a sério e a experimentação era o pivô da produção artística.
60cm. Fonte, Marcel Duchamp. 1917
Merz com Arco-Íris, Kurt Schwitters. 1939


Por Beatriz
P.S.:Espero que tenham paciência para com a postagem, me empolguei um pouco.


Um comentário:

  1. Beatriz e Nathália,

    dá pra identificar a galera da foto acima?
    Acho que o terceiro da esquerda pra direita é o Duchamp.
    Os outros não deu pra reconhecer...

    Abração e axé,

    Sergio Souto

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Bibliografia