terça-feira, 18 de setembro de 2012

Ascensão do Cinema Europeu

Muitos já devem ter notado a crescente decadência do cinema americano. Bilheterias fracassadas, um público cada vez mais indiferente e enredos repetidos onde só velhas sagas e filmes de herói sobrevivem. Isso porque esse tipo de cinema é voltado inteiramente a meios comerciais, a tão chamada "indústria do cinema". De tal maneira cresce a procura pelo cinema nacional, que emerge pela falta de afluência norte-americana.
Entretanto, a sétima arte não se perde por inteiramente. Com a ascensão do cinema europeu os amantes de cinema finalmente pode se deleitar nas tramas ousadas e tamanho é o seu sucesso que inclusive alguns cineastas americanos sensatos estão transitando para o estilo europeu de contar estória, a exemplo de Sofia Coppola (já com suas origens predominantemente italianas) e Brian Cassidy e Melanie Shatzy, estreando no meio cinematográfico com seu filme Francine. O que não é recente pois, no passado, americanos de renome já se afeiçoaram pela profundidade do cinema europeu: Stanley Kubrick (Laranja Mecânica), Francis Ford Coppola (O Selvagem da Motocicleta), Steven Spielberg (A Lista de Schindler).
A meu ver, o cinema europeu é caracterizado pela naturalidade com que é reproduzido, intensificado as emoções e o conflito interno da personagem. Outro aspecto dessa arte,--pois quando se trata de cinema em território europeu, deveremos tratá-lo como uma arte e não como indústria-- é o destaque ao visual e belo, fazendo com que tudo (e não só a trama) sejam alvo de aprecio e meditação. Também é necessário ponderar que as imagens e música estão intimamente relacionadas com a estória, servindo para rematar os sentimentos que ficaram incompletos. 
Enfim, se for assistir um bom filme europeu sem aviso prévio do que se trata, bom seria preparar-se pois outra característica identificável  é sua maneira de tratar o polêmico, avernal, perverso e pecador, isto é, sem medo de expor o proibido.
Cena de Gritos e Sussurros, de Ingmar Bergman

Cena de Satyricon, de Federico Fellini
Cena de Masculin Féminin, de Jean-Luc Godard

Clássica cena de O Leopardo, de Luchino Visconti

Por Beatriz



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